Peixe-diabo - O diabo-marinho ou peixe-diabo não tem formato definido. Parece um saco de supermercado amassado, e não tem uma cor determinada, mas várias cores dispostas em manchas irregulares. É difícil distingui-lo quando fica no fundo do mar. Assim disfarçado, ele ergue devagarinho um espinho comprido, que tem na barbatana dorsal. Na ponta do espinho há um pedaço de pele - um verdadeiro anzol, com isca e tudo! Quando um peixinho vem ver se aquilo presta para comer, é engolido numa fração de segundo, sugado pela grande corrente de água criada quando o diabo-marinho abre a bocarra. Isto acontece tão depressa que nem parece que as mandíbulas se mexeram. Existem, em todos os mares do mundo, mais de 350 espécies de diabo-marinho. o mais conhecido é o diabo-marinho-escador, ou rodovalho, muito apreciado pelo sabor de sua carne. Só se come a cauda. A cabeça e a mandíbula fazem um terço do comprimento e a maior parte do peso deste peixe. O diabo-marinho vive junto ao fundo ao fundo do mar, a profundidades que variam conforme a espécie. Ele se move dando pulinhos sobre as barbatanas curtas e grossas. Caça sem sair do lugar, atraindo peixinhos com seu "anzol".
Rascasso - Goraz - Peixe Escorpião - Espécie solitária muito vulgar na costa portuguesa vive sobre as rochas, areia ou lodo. Alimenta-se de peixes, crustáceos e moluscos. Se tocar num peixe-escorpião o mais natural é ser injectado pelo seu veneno deve solicitar de imediato ajuda médica e deslocar-se ao hospital mais próximo, em função da zona e espécie pode ser grave ou em alguns casos fatal.
Nome: Rascasso-vermelho; Nome Científico: Scorpaena scrofa (Linnaeus, 1758); Família: Scorpaenidae; Grupo: Peixes Ósseos; Classe: Peixes; Tamanho: 26-50 cm.
O rascasso-vermelho é um peixe solitário e de hábitos nocturnos, que passa o dia praticamente imóvel, disfarçado entre rochas e algas. À noite alimenta-se de outros peixes, crustáceos e moluscos, que não o detectam devido à sua camuflagem elaborada. Quando perturbado, ergue a barbatana dorsal, de modo a exibir os seus fortes e ameaçadores espinhos venenosos. Estes provocam ferimentos bastante dolorosos, mas que se aliviam ao imergir a zona afectada em água quente. Desta maneira, o veneno é alterado e deixa de fazer efeito.
Peixe-aranha - O peixe-aranha possui junto de cada opérculo branquial um espinho venenoso e três dos raios da primeira barbatana dorsal também são venenosos. É a cor preta desta barbatana que mais facilmente o identifica. A sua picada pode provocar dores intensíssimas. Vive normalmente afastado das praias, as aparece de vez em quando, enterrado na areia a poucos centímetros de profundidade. Horas depois de morto ainda mantém o veneno activo. Quando se pesca ao fundo na praia é muito vulgar e geralmente morde em todo o tipo de isco natural. Qualquer pescador incauto que seja picado deve procurar rapidamente ajuda médica, na primeira meia hora podem ser executados algumas acções de modo a aliviar a dor. Primeiros Socorros: O tratamento por calor é aconselhado, o veneno destes peixes é termolábil, isto é, decompõe-se sob a acção do calor. A imersão da zona afectada em água à temperatura máxima suportável, ou mesmo a aproximação de um cigarro aceso à menor distância possível, podem ser soluções a aplicar durante a primeira meia hora. Depois de já ter passado algum tempo, o médico poderá receitar analgésicos ou mesmo injecções locais, que atenuarão a dor.
Ratão-águia (myliobatis aquila) - Habita baías e estuários e por vezes em alto mar. Encontra-se por vezes em grupos. Alimenta-se de crustáceos, moluscos e peixe. A cauda desta raia possui um ou mais espinhos venenosos de bordos serrilhados, capazes de provocar feridas muito dolorosas.
Nome: Ratão-águia; Nome Científico: Myliobatis aquila (Linnaeus, 1758); Família: Myliobatidae; Grupo: Tubarões, raias e quimeras; Classe: Peixes; Tamanho: 101-200 cm.
A cauda desta raia possui um ou mais espinhos venenosos de bordos serrilhados, capazes de provocar feridas muito dolorosas. Tal como em todos os peixes cartilagíneos a fecundação é interna e, nesta espécie, a cópula dura entre 30 a 90 segundos, podendo a fêmea repetir a união várias vezes com vários machos diferentes. Para se alimentarem, revolvem os fundos arenosos com as suas barbatanas peitorais em busca de moluscos, vermes, crustáceos e cefalópodes. Os seus dentes formam placas achatadas em ambas as mandíbulas com as quais esmagam caranguejos e moluscos.
Niquim - O niquim, vulgarmente designado como "peixe sapo", é um peixe venenoso que pode causar sequelas graves. Está presente tanto em água doce quanto salgada (prefere as áreas de transição) e vive na lama, onde pode ser facilmente pisado, principalmente por pescadores e banhistas, inoculando, através dos dois espinhos dorsais ou dos dois laterais, veneno em suas vítimas. Não há antídoto e o remédio caseiro é urina ou água quente, deve-se sobretudo a ser um veneno termolábil (decompõe por acção do calor), uma outra técnica é aproximar, o máximo possível, um cigarro aceso da picada.
Peixe-gato-listrado (plotosus lineatus) – Nome: Peixe-gato-listrado
Nome Científico: Plotosus lineatus (Thunberg, 1787); Família: Plotosidae; Grupo: Peixes Ósseos; Classe: Peixes; Tamanho: 26-50 cm.
Esta é a única espécie de peixe-gato existente em recifes de coral. Pode também ser encontrada em estuários, poças-de-maré e em zonas costeiras. Os juvenis formam cardumes densos, em forma de bola, compostos por cerca de cerca de 100 indivíduos. Os adultos ocorrem solitários, ou em grupos de cerca de 20 indivíduos, escondendo-se habitualmente, durante o dia, em reentrâncias do recife. Possui espinhos serrilhados extremamente venenosos, na extremidade da primeira barbatana dorsal e em cada uma das barbatanas peitorais. A sua picada é perigosa podendo mesmo ser mortal. Revolve incessantemente a areia em busca de crustáceos, moluscos, vermes e, por vezes, de peixe.
Peixe porco-espinho – Peixe balão - Quando ameaçado, o peixe porco-espinho tem um modo eficiente de desanimar o inimigo. Sobe à tona, vira de barriga para cima e enche de ar um saco que tem ligado ao estômago. Incha até tornar-se uma bola quase esférica coberta por espinhos compridos e pontudos. O peixe pode ficar nessa posição por muito tempo. Suprindo suas brânquias de água que entra pela boca, nadando em linha reta e guiado pelas barbatanas peitorais. O peixe-espinho é pouco agradável à vista: uma massa de espinhos atrás dos quais se distinguem a boca e os olhos, com círculos amarelos à volta a boca tem a forma de um bico. Outros peixes não costumam atacá-lo. Além de os espinhos serem temidos, a carne desse peixe contém um veneno, a tetraodontoxina. O peixe porco-espinho é castanho brilhante com manchas escuras. A cauda é esbranquiçada. É pescado em águas Tropicais e às vezes no Mediterrâneo. Sua pele é procurada para fazer lanternas ornamentais.
Peixe-leão, peixe-peru, peixe-dragão, peixe-escorpião e peixe-pedra - são alguns nomes vulgares para uma grande variedade de peixes marinhos venenosos dos géneros Pterois, Parapterois, Brachypterois, Ebosia ou Dendrochirus, pertencentes à família Scorpaenidae. Um dos seus representantes mais conhecidos é o peixe-leão-vermelho.
Os peixes-leão são predadores vorazes. Quando estão caçando encurralam as presas com seus espinhos e, num movimento rápido, as engolem por inteiro. Eles são conhecidos por seus enormes espinhos dorsais e pela coloração listrada, de cores vermelha, marrom, laranja, amarela, preta ou branca.
Os Peixes-leão são nativos da região Indo-Pacífica, vivendo sempre próximos à recifes de coral, mas algumas espécies podem ser encontradas em outras regiões do mundo. Devido a uma recente introdução, eles podem ser encontrados no oeste do Oceano Atlântico e Mar do Caribe.
Os Peixes-leão vivem até 15 anos e podem pesar até 200g. Durante o dia preferem se abrigar em cavernas ou fendas, sendo animais de hábitos noturnos. Alimentam-se de pequenos peixes e normalmente só os comem vivos, mas em cativeiro podem ser habituados a comer camarão congelado.
Veneno
O veneno dos Peixes-leão é inoculado através de espinhos localizados nas regiões dorsal, pélvica e anal. Geralmente possuem de 12 a 13 espinhos dorsais, 2 pélvicos e 3 anais. Cada espinho possui duas glândulas que produzem e armazenam veneno. Os peixes-leão também possuem espinhos peitorais, porém estes não possuem glândulas de veneno.
A potência do veneno varia de acordo com a espécie e tamanho do peixe-leão. Os principais efeitos são: dor intensa localizada, seguida de edema local, podendo também a vítima sentir náuseas, tontura, fraqueza muscular, respiração ofegante e dor de cabeça.
O veneno dos peixes-leão é constituído de proteínas termosensíveis, que são vulneráveis ao calor e se desnaturam facilmente. Os primeiros socorros constituem-se na imersão do local afetado em água quente (43-45 °C) por 30 a 40 minutos ou até a dor diminuir.
Peixe-pedra - Stone fish - O Peixe-pedra, que se encontra em águas indo-pacíficas, injeta nas vítimas veneno neurotóxico através de 13 espinhas dorsais. Estas picadas causam uma dor insuportável, o delírio e, por vezes a morte.
Em qualquer parte da Austrália, se for andar sobre corais ou locais com pedras no fundo, use sapatos para se proteger do Peixe Pedra, cujo ferrão também contém veneno. Se fisgado, corte a linha.
Peixe Venenosos - No caso de contato com peixes venenosos (peixe aranha, niquim, escorpião, ratão-águia, listado, etc.) o seu veneno é termolábil, decompõe-se com o calor. Se não for possível tratamento médico, use água quente com o máximo de temperatura suportável de 30 a 90 minutos, se todo o corpo estiver imerso evita que o veneno se espalhe pelo organismo. A urina, por estar quente, pode ser uma solução imediata (é a técnica utilizada por muitos pescadores quando se encontram em locais remotos). O uso de uma fonte de calor muito próxima do local da picada (cigarro, lume próximo ou outra fonte de calor) pode aliviar muito as dores provocadas pelo veneno e diminuir a sua concentração.
Isto não evita a deslocação a uma unidade hospitalar o mais rapidamente possível.