14 - LORICARÍDEOS - FAMOSO CHUPA PEDRAS
Embora a literatura indique que Loricarídeos são noctívagos, seu comportamento em aquário poderá mostrar-se contrário e variar bastante. Alguns são mais ativos no período diurno, enquanto outros podem mais ativos noturnamente. Este comportamento variável depende das condições que são impostas na montagem do aquário (ex. falta de refúgios) e os habitantes que coabitam o mesmo espaço.
Se fornecer alimentos durante o dia, certamente eles não irão recusar e aparecerão na frente do aquário sem maiores cerimônias, desde que os demais peixes não o importunem constantemente. O mesmo vale para o fornecimento de alimentos durante o período noturno. Em seu ambiente natural, seu comportamento também é bastante variável, podendo passar a maior parte do dia aderido a algum objeto alimentando-se e durante o período noturno, quando há menos predadores, explorar novas fontes alimentares, normalmente praticando a micro predação.
O uso de troncos na montagem do aquário passa a ser obrigatório, levando em consideração que praticamente todas espécies de loricarídeos apreciam passar boa parte de seu tempo aderido a este objeto, tornando-se elemento essencial em sua dieta alimentar como já descrito. Uma boa quantidade de plantas também deverá constar na montagem do aquário, para formar refúgios e regiões sombreadas, também essencial para qualquer Loricarídeo. Pode-se ainda usar rochas formando refúgios ou mesmo vasos invertidos ou enfeites artificiais. Cuidado com o gosto duvidoso na escolha de enfeites artificiais, nada de escolher mergulhadores soltando bolhas, caveiras e afins, afinal seu aquário não é um parque de diversões…
Deve-se evitar usar substratos pontiagudos para que não ocorra lacerações, dando preferência para substrato arenoso fino. Não raramente, algumas espécies costumam se enterrar, similar a raias Potamotrygon sp., praticando fantástico mimetismo.
A água do aquário, como todos já sabem, deve possuir qualidade ímpar, com amônia e nitritos zerados, nitrato sempre o mais baixo possível. Filtragem eficiente, manutenção regular e periódica, população equilibrada e alimentação de boa qualidade são nossos maiores aliados para manter a qualidade da água a melhor possível. Sua temperatura poderá variar de acordo com a espécie. Para os amazônicos ou que residem próximo a Linha do Equador, se desenvolvem melhor em temperatura entre 26º e 29ºC, enquanto as espécies que frequentam regiões mais ao sul, entre 20 e 26ºC, mas que também se adaptam a temperatura mais alta sem maiores traumas. O pH e dureza também poderão variar de acordo com a região proveniente, no geral pH entre 6.0 e 7.0, assim como dureza baixa a moderada irá satisfazer a maior parte das espécies.
Embora boa parte vive em ambiente lótico, quando criados em aquário o fluxo de água passa a ser indiferente. Apesar de não ser uma regra, quanto mais achatada a espécie em seus flancos, maior a probabilidade de serem encontrados em ambiente com forte corrente de água. O importante aqui é possuir uma filtragem eficiente ao invés de se preocupar com o fluxo na água.
No mais, evitar iluminação forte, assim como a presença de espécies agressivas no mesmo aquário, será o suficiente para que os mantenha por longos anos saudáveis.
Apenas atente para que se mantém aquário densamente plantado, espécies que atingem tamanhos acima de 10cm podem bagunçar o aquário desenterrando plantas, possuem hábito de cavar o substrato.